Em sua quinquagésima quinta edição, o Encontro do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (COPEDEM) dá continuidade, nesta sexta-feira (31), ao debate acerca do papel das escolas híbridas na transformação digital do Poder Judiciário.

Neste ano, o Evento ocorre em Salvador, Bahia. Desenvolvido a partir da parceria entre o Copedem, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Unicorp TJBA e a Escola de Magistrados da Bahia (EMAB), o Encontro contou com a presença de desembargadores(as), magistrados(as) e diretores(as) de Escolas de Magistratura de todo o País.

Na parte da manhã, o segundo dia de atividades foi marcado pelas exposições apresentadas pelo doutor Ivan Lindenberg Junior, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), sobre o Programa de Justiça 4.0, que possibilita a proximidade entre o sistema judiciário e a sociedade brasileira ao disponibilizar novas ferramentas tecnológicas, contribuindo assim com o impulsionamento da transformação digital na Justiça.

“Transformação digital não é só tecnologia, transformação digital são pessoas, processos e tecnologias. (...) fiz questão de falar pessoas em primeiro lugar porque é a parte mais importante de tudo isso. Inovação não é melhorar o que está sendo feito, inovação é fazer diferente, é fazer coisas novas. Não adianta a gente melhorar só o que está sendo feito, nós temos de pensar fora da caixa, nós temos de mudar a nossa mente. (...) Transformação digital é um processo, e este tem de ter um objetivo, senão não tem sentido”, comentou Ivan.

Os debates sobre o modelo de funcionamento da Escola de Formação Judiciária do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), pelos conferencistas juiz Fabrício Castagna Lunard e Luana pimenta de Andrada, também foram foco de destaque.

Em sua fala, o desembargador Marco Villas Boas, diretor geral da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) e presidente do Copedem, enfatizou a importância de atuação da Esmat como uma instituição responsável pela formação e aperfeiçoamento de magistrados(as) e servidores(as) no Tocantins.

“As nossas formações têm uma finalidade de ordem prática para poder fazer funcionar melhor o sistema de justiça e oferecer produtos que melhorem o Sistema Judiciário, visando ao aprimoramento da prestação jurisdicional e da vida das pessoas, e nisso temos alcançado êxito, pois conseguimos derrubar uma série de preconceitos em relação à formação acadêmica stricto sensu dentro do sistema de aperfeiçoamento contínuo”, disse.

O desembargador Marco também citou o Mestrado Profissional e Interdisciplinar em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos (PPGPJDH) como uma ferramenta de incremento e aperfeiçoamento não só do sistema de justiça tocantinense, mas também de todo o Judiciário brasileiro.