O congresso "Tecnologia, Inteligência Artificial e Inovação no Poder Judiciário" promovido pela Escola Judicial Edésio Fernandes (EJEF) iniciado nesta segunda-feira, 24 , em Belo Horizonte (MG) debateu em seu primeiro dia o papel das escolas da magistratura na formação da utilização das ferramentas que vão auxiliar o judiciário brasileiro visando discutir o impacto das novas tecnologias no mundo jurídico.

Escolas da Magistratura

Um dos destaques da programação do primeiro dia foi o Painel 1, que debateu "O papel das Escolas Judiciais em tempos de novas tecnologias". A mesa foi presidida pelo Desembargador Saulo Versiani Penna, 2º Vice-Presidente do TJMG e Superintendente da EJEF. O painel contou com a participação do Desembargador Marco Villas Boas, do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) e Presidente do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (COPEDEM), que atuou como palestrante, trazendo a perspectiva e os desafios enfrentados pelas escolas judiciais de todo o país na adaptação às novas ferramentas tecnológicas. O Desembargador Caetano Levi Lopes, do TJMG, atuou como debatedor, enriquecendo a discussão com sua visão sobre o tema.

Em sua fala, o presidente do Copedem, desembargador Marco Villas Boas enfatizou que, apesar do uso da IA generativa ser importante para auxiliar em tarefas como degravação, conversão de áudio e texto, produção de relatórios e sugestões de decisões em casos de menor complexidade, a intervenção humana é indispensável. “A IA não substitui a análise de provas e a fundamentação da decisão, sendo necessária a revisão humana para corrigir eventuais erros. É aconselhável solicitar diferentes vertentes de decisão à IA, confrontando a minuta inicial com outras versões para aprimorar o resultado final. A IA pode ser uma ferramenta valiosa nesse processo de análise e construção de decisões mais completas”, afirmou.

Evento
O congresso Tecnologia, Inteligência Artificial e Inovação no Poder Judiciário acontece no auditório do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e se estende até a próxima quarta-feira (26). A programação reúne importantes nomes do cenário jurídico e tecnológico para debater temas cruciais como cibersegurança, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o uso da inteligência artificial nos tribunais e as boas práticas do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) na área.