Com o objetivo de fomentar o intercâmbio de boas práticas em conservação, restauro e armazenamento de documentos históricos do judiciário brasileiro, o Colégio Permanente dos Diretores das Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem) e a Escola Judicial Edésio Fernandes (EJEF) de Minas Gerais firmaram intenções de divulgação e capacitação das atividades do Laboratório de Pequenos Reparos de Documentos Históricos, implementado pela Escola. A proposta vai ser compartilhada com demais escolas da magistratura do Brasil como boas práticas de preservação e armazenamento de documentos históricos do judiciário brasileiro.
Durante a visita, foram apresentadas as ações implementadas pela Escola na instalação do laboratório, como a aquisição de equipamentos e insumos, a contratação e o treinamento de pessoal e a criação de peças de armazenamento, digitalização e compartilhamento de arquivos e metadados por meio da plataforma mundial Atom. Essenciais para a pesquisa científica em documentos que narram parte da história do Brasil, na EJEF já foram disponibilizados mais de 32 mil documentos históricos, sendo mais de 12 mil deles acessíveis na plataforma mundial de compartilhamento de arquivos , Acess to Memory (Atom).
De acordo com o 2° vice presidente do TJMG, superintendente da Escola Judicial Edesio Fernandes - EJEF e Diretor executivo da Diretoria de Gestão da Informação Documental – DIRGED, desembargador Saulo Versiani Penna, a parceria com o Copedem na disseminação de conhecimentos de gestão da memória e gestão documental fortalecerá a preservação documental nos demais tribunais de justiça do Brasil. “Essa aproximação com o Copedem é fundamental, pois podemos trocar experiências, valores e nossa memória. Apresentamos nosso trabalho e tivemos a oportunidade de demonstrar a recuperação de autos de 1736 da antiga Vila Rica, hoje comarca de Ouro Preto, um marco excepcional para todos nós. Esperamos que essa experiência, agora com o apoio do presidente do Copedem, desembargador Marco Villas Boas, possa gerar bons frutos e obter reconhecimento nacional”, ressaltou.
Para o presidente do Copedem, desembargador Marco Villas Boas, a experiência de Minas Gerais, por meio da Escola Judicial Edésio Fernandes, fortalecerá as atividades de gestão documental e restauro de documentos históricos dos tribunais de justiça brasileiros, através das escolas da magistratura do País. “Queremos levar esses conhecimentos e essa experiência exitosa da EJEF para que possamos compreender a história do Brasil sob a ótica do passado, observando a atuação do judiciário ao longo dos séculos, preservando a memória institucional e reescrevendo a história do Brasil sob a égide do pensamento e da atuação jurídica brasileiros”, lembrou.
Também na ocasião, o presidente do Copedem e o superintendente da EJEF iniciaram as tratativas para a realização de um encontro do Copedem previsto para acontecer em Belo Horizonte em abril do próximo ano, oportunidade em que os demais diretores das escolas da magistratura poderão conhecer o laboratório de restauração de documentos históricos.
Crédito: Riva Moreira / TJMG
Comitiva
Participaram da visita técnica o presidente do Copedem e diretor geral da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), desembargador Marco Villas Boas, a diretora executiva da Esmat, Ana Beatriz de Oliveira Pretto, a bibliotecária Cynthia Valéria Aires e o jornalista Wherbert Araújo, servidores da Esmat, que além do desembargador Saulo Versiani, foram recebidos pelo diretor executivo de Gestão da Informação Documenta (Dirged), Thiago Doro; a gerente de Arquivo e Gestão Documental da Justiça de 1ª Instância (Gearq), Daniela Fernanda Santos; a gerente de Arquivo e Gestão Documental da 2ª Instância, de Documentos Eletrônicos e Permanentes (Gedoc), Simone Meireles; e a coordenadora do Coarpe, Sônia Santos. Ainda na programação, a comitiva participou do congresso Tecnologia, Inteligência Artificial e Inovação no Poder Judiciário, promovido pela EJEF.