Em um encontro pautado pelo diálogo acerca da inovação no Sistema Judiciário, o desembargador Marco Villas Boas, diretor geral da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) e presidente do Colégio Permanente de Direitores das Escolas Estaduais da Magistraturar (Copedem), realizou, nesta terça-feira (30/4), em São Paulo (SP), uma reunião estratégica com o líder da área de setor público para América Latina no Google Cloud, Milton Larsen Burgese. O objetivo principal do encontro foi iniciar tratativas para realização de cursos e siminários sobre a utilização de IA para o desenvolvimento humanos, além de discutir possibilidades de utilização de tecnologias de Inteligência Artificial (IA) generativa para apoio e práticas de atos processuais repetitivos, que não dependam de soluções complexas. Além do desembargador Marco Villas Boas, diretor geral da Esmat, participaram da visita a desembargadora Ângela Issa Haonat, diretora adjunta da Escola; Ana Beatriz de Oliveira Pretto, diretora executiva da Esmat; Victoria Oliveira, executiva do Google Cloud na América Latina; e Lourdes Gonçalves, CEO da Memory – Centro de Memória Jurídica. 

Sobre a IA no Judiciário

O desembargador Marco Villas Boas destacou a relevância da parceria entre o Copedem, a Esmat e o Google Cloud, afirmando que a utilização de tecnologias como a Inteligência Artificial pode significar um avanço na agilidade e na qualidade dos serviços prestados pela justiça, dando celeridade às atividades de prestação jurisdicional, além de incentivar o surgimento de novas ferramentas de auxílio digital por meio do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu de Mestrado Profissional em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos, promovido pela Esmat em parceria com a Universidade Federal do Tocantins. Ele ressaltou que a capacitação dos(as) magistrados(as) e servidores(as) do Judiciário tocantinense para a utilização dessas ferramentas será fundamental para o sucesso dessa iniciativa.

A utilização de IA na execução de procedimentos judiciais deve ser pautada com ética e cautela, mas o Poder Judiciário deve capacitar seus membros e quadros para conhecer melhor as potencialidades dessas ferramentas, a fim de não ficar obsoleto. Além disso, a implementação dessas tecnologias pode contribuir para a redução de custos e mais estabilidade e transparência no sistema judicial.