Escolas judiciais debatem seu papel e aperfeiçoamento
Durante três dias, magistrados de todo o País participaram do 40º encontro do Colégio Permanente de Diretores das Escolas Estaduais da Magistratura (Codepem), para discutir as novas diretrizes das escolas, partindo da observação das mudanças da sociedade.O evento foi realizado na cidade histórica de Ouro Preto, de 30 de julho a 1º de agosto, com o apoio da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef).
Na Carta de Ouro Preto, os diretores das escolas afirmaram a importância do juiz como um agente transformador da sociedade e não apenas intérprete da lei, num viés normativo. A importância da cooperação entre as escolas foi apontada como instrumento para o aperfeiçoamento da formação dos magistrados.
Na abertura do encontro, o desembargador Kildare Carvalho, 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, destacou a importância de um profundo debate sobre as necessidades das escolas, o papel que elas desempenham, diretrizes adotadas e estratégias de ensino, visando o desenvolvimento da magistratura e a construção de um País melhor.
O vice-presidente do Copedem, desembargador Marco Anthony Steverson Villas Boas, ressaltou a importância da pesquisa no meio jurídico, as facilidades trazidas pelas novas tecnologias e defendeu que as escolas devem dialogar com diferentes setores da sociedade, possibilitando a troca de conhecimento e a emergência de novas ideias.
A palestra inaugural foi proferida pelo professor Luiz Roberto Liza Curi, membro do Conselho Nacional de Educação, sobre a “Formação do Corpo Docente das Escolas”. Na ocasião, os desembargadores Kildare Gonçalves e Nelson Missias de Morais, vice-presidente da AMB, foram homenageados pelo Copedem com a Medalha Ministro Domingos Fraciulli Neto, em reconhecimento à contribuição para o aprimoramento do ensino jurídico e da melhoria da prestação jurisdicional.
Durante o encontro, foram realizadas ainda palestras como as “Experiências e Perspectivas da Ejef na formação permanente de magistrados”, ministrada pelo desembargador José Fernandes Filho, e “Teoria e gestão do conhecimento na formação dos juízes”, proferida pelo juiz Marcelo Piragibe, conselheiro da Escola Nacional de Formação dos Magistrados, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O debate final foi realizado pelo ministro João Otávio de Noronha, do STJ.
Participaram ainda da abertura do encontro, o 3º vice-presidente APERFEIÇOAMENTO DO JUDICIÁRIO do TJMG, desembargador Wander Marotta, o corregedor-geral de Justiça, desembargador Antônio Sérvulo, o vice-corregedor do TJMG, desembargador Marcílio Eustáquio, a juíza Luzia Peixôto, no exercício da presidência da Amagis, o juiz auxiliar da presidência do STJ, Paulo de Tarso Tamburini, e a diretora do Foro da Comarca de Ouro Preto, juíza Elaine de Campos Freitas.
Fonte: Revista AMAGIS