Importância das escolas judiciais no aprimoramento técnico e humano de juízes e servidores é destacada no XLVIII Copedem
O Salão Nobre do Palácio da Justiça, na área central de Belo Horizonte (MG), foi palco, na noite desta quinta-feira (13/6), de defesa veemente do papel crucial que as escolas judiciais e da magistratura desempenham no aperfeiçoamento técnico e humano de juízes e servidores para que o Judiciário possa entregar uma prestação jurisdicional de qualidade e tempestiva.
Esse foi o tom da abertura do XLVIII Encontro do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem), que, nesta edição, põe os efeitos das inovações tecnológicas no centro dos debates tanto na atividade meio quanto na atividade fim do sistema judicial.
Presidente do Copedem, o desembargador Marco Villas Boas lembrou que é "das experiências de cada escola judicial que buscamos aproximar as academias judiciais em torno de projetos bem sucedidos para melhorar a vida das pessoas, garantindo direitos fundamentais, principalmente no que diz respeito à facilidade de acesso às vias judiciais e à eficácia da jurisdição”.
E ponderou ainda que “a formação dos magistrados não deve ser apenas técnica, procedimental. Deve unir a ciência a uma dimensão humana, como um fator de evolução do desenvolvimento profissional, com uma perspectiva holística dos juízes”.
Honrarias
Diretor geral da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), Villas Boas foi condecorado com uma placa pelos relevantes serviços prestados em prol da cooperação entre as escolas judiciais e da magistratura, voltados para a qualificação na formação dos tribunais. Mesma honraria receberam a 2ª vice-presidente do TJMG, desembargadora Áurea Brasil, a filha do desembargador Sálvio de Figueiredo Teixeira (homenagem póstuma) e o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha.
"Neste momento em que é exigida uma conduta ética dos magistrados, o evento destaca a preocupação da magistratura com a formação dos juízes e servidores. Apesar da autonomia dos estados brasileiros e levando em consideração do tamanho geográfico do País, não podemos esquecer que a Justiça é nacional. Precisamos transcender os interesses regionais, para pensar na formação de juízes de padrão nacional”, ressaltou Noronha, responsável pela palestra de abertura.
“Vamos debater questões relativas à inteligência artificial, que já está sendo trabalhada nos estados de Minas Gerais, Tocantins e Pernambuco. É um encontro para enriquecer a formação dos juízes brasileiros”, destacou Áurea Brasil.
Os magistrados receberam também a medalha desembargador Antônio Ruelli Júnior, concedida às pessoas que contribuem para a educação judicial e formação dos juízes.
A programação desta sexta-feira, 14 de junho, tem como destaque palestras, painéis e debates que culminarão com elaboração e na leitura da Carta de Belo Horizonte.
Marcelo Santos Cardoso (com informações da Ascom do TJMG)
Comunicação TJTO