O último dia do “LIII Encontro do COPEDEM: as escolas judiciais no mundo pós-pandemia”, nesta quarta-feira (24), foi marcado pela assinatura da “Carta do Rio de Janeiro”, documento que trata da promoção da discussão permanente sobre o desenvolvimento, aperfeiçoamento e uso das novas tecnologias digitais no Poder Judiciário.

Assinaram a carta o presidente do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (COPEDEM), desembargador Marco Villas Boas, e a diretora-geral da EMERJ, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, e os demais representantes presentes no evento. O objetivo do documento é implementar uma governança digital que promova a dignidade humana e os direitos fundamentais.

O segundo dia do encontro foi no Auditório Desembargador Joaquim Antônio de Vizeu Penalva Santos, na sede da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ).

Planejamento estratégico nas escolas

Durante o seminário, a desembargadora Cristina Gaulia, doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) e vice-presidente do COPEDEM, abordou o tema “Planejamento estratégico nas escolas, inovação, ESG e Agenda 2030 das Nações Unidas”, com foco no trabalho desenvolvido pela EMERJ.

“Para fazer o planejamento estratégico, e para mim isso é uma regra geral para qualquer gestor, você deve saber onde está, onde quer chegar e como fará para caminhar de onde você está para onde você quer chegar. Isso é planejamento estratégico. É importante para qualquer diretor de escola conhecer a escola, ou seja, conhecer muito bem o que ele vai gerir”, disse.

Além disso, a desembargadora Cristina Gaulia expôs o organograma da Escola, falou da administração da EMERJ e como funciona cada departamento. Por fim, exibiu o resultado da atuação/do funcionamento de um dos nove núcleos de pesquisa do Observatório de Pesquisas Bryant Garth, que integra a instituição, por meio do documentário “Me chame pelo meu nome”, elaborado pelo Núcleo de Pesquisa em Políticas Públicas e Acesso à Justiça (NUPEPAJ), coordenado por ela.

Projeto de doutorado profissional

O presidente do COPEDEM, desembargador Marco Villas Boas, e a assessora pedagógica da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), Débora Galan, falaram do projeto de doutorado profissional associativo da Escola do Tocantins, no qual duas ou mais instituições compartilharão responsabilidades e núcleos de docentes permanentes.

“Há um vácuo científico em algumas regiões no país, enquanto que em outras há abundância de produção cientifica. Então, a forma associativa viria ao encontro dessas necessidades de reduzirmos essas assimetrias de produções científicas, ao mesmo tempo que irá valorizar as instituições que já estão com uma alta produção e também viabilizar programas de formação por meio de parceria com programas já consolidados”, ressaltou Débora Galan.

“Espero que tenhamos êxito nesse projeto para que possamos desenvolver nacionalmente esses doutorados profissionais para aperfeiçoar o Poder Judiciário brasileiro e promover os direitos fundamentais das pessoas. Isso contribuirá para o desenvolvimento socioeconômico com responsabilidade ambiental em nosso país”, ressaltou o desembargador Marco Villas Boas.

“A educação corporativa não visa apenas a titulação do aluno, mas sim uma formação do estudante para que ele possa aplicar esses conhecimentos em prol do fazer profissional. As nossas escolas devem estar atentas ao planejamento estratégico dos tribunais para ajudar no cumprimento das metas e na boa prestação do serviço, com foco na melhoria contínua da prestação jurisdicional”, complementou a assessora pedagógica da Esmat Débora Galan.

Fotos: Jenifer Santos

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)